Que putaria é essa?

A gente nem precisa dizer que o mundo tá virado. É cada tabefe que a vida dá, que fica difícil fingir que, vezenquando, não bate aquela vontade de fugir. O jeito é incomodar. A Peita é uma ferramenta de enfrentamento e luta contra as opressões diárias. E não é sobre autoestima, é luta coletiva, a transformação que juntas provocamos na sociedade.

Nossa ideia foi trazer os dizeres das manifestações para ganhar as ruas em dias comuns, a mensagem como protagonista estampando o que acreditamos. Como um cartaz itinerante, queremos desafiar o outro lado da força em uma declaração pública do que a gente defende e pelo que levantamos da cama todos os dias. Mas não conseguimos isso sozinhas, só é possível porque somos muitas e peitamos juntas. 

 

Não vendemos feminismo.
Somos feministas que vendem camisetas.

A Peita nasceu dia 8 de março de 2017 com a frase “Lute como uma garota” invadindo as ruas de Curitiba nas manifestações do Dia Internacional da Mulher. A proposta é gerar o diálogo sobre assuntos ainda espinhosos. Idealizada pela designer Karina Gallon, 70% das estampas são parcerias com movimentos, instituições e projetos sociais, mulheres que estão na militância e/ou empresas que se comprometem com o combate às opressões. 

A discussão sobre o feminismo chega em outros espaços quando vestimos nossa peita e vamos para a rua. Ela sai da teoria para incluir a todos. Para conversar com aquelas que não sentem o movimento como seu, para questionar o feminismo preso a espaços privilegiados. E pra isso temos que mudar as relações entre as mulheres e entrar num processo de solidariedade e consciência que contemple as vidas que estão às margens.

A competitividade, ciúmes e todos esses sentimentos ruins são os meios que o patriarcado precisa para não ficarmos juntas e organizadas. Defendemos o embate pelo protagonismo feminino na sociedade. SEMPRE.

 

Novos planos nascem de uma nova linguagem.

Vem com a gente fazer esse mundão girar no sentido certo. Pro lado que todo mundo se entende, se respeita e aceita viver com a pluralidade de seres humanos que existem. Quem sabe, assim, a gente não precise mais fugir pra lugar algum. 

Seguimos em um processo de autocrítica diária pela desconstrução do racismo, machismo, colonialismo, LGBTfobia, xenofobia, capacitismo, fascismo, discriminação e preconceito.

Seguimos peitando.

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